Filhas de Lavadeiras
(Brasil, 2018-2019, 22’, dir. Edileuza Penha de Souza)
O documentário apresenta histórias de Mulheres Negras que graças ao trabalho árduo de suas mães puderam ir para escola e refazer os caminhos trilhados pelas suas antecessoras. Suas memórias, alegrias e tristezas, dores e poesias se fazem presente como possibilidades de um novo destino. Transformando o duro trabalho das lavadeiras em um espetáculo de vida e plenitude.
Ficha Técnica
-
Diretora e Roteirista: Edileuza Penha de Souza
-
Produção Executiva: Ruth Maranhão
-
Diretor de Produção: Marcus Azevedo
-
Fotografia: Waldir Pina e Ana Carolina Matias
-
Direção de Arte: Lia Maria dos Santos
-
Som Direto: Nathália Mendes Trindade e Juciele Fonseca Correia
-
Edição e Montagem: Ádon Bicalho
-
Coloração e Mixagem de Som: Diego Cajueiro
-
Direção Musical: Edson Arcanjo
-
Trilha Sonora Original: Layla Jorge e Marcelo Café
-
Arranjo Musical: Edson Arcan
Sessões na Mostra
Online
14/09 a 19/09 - Plataforma TodesPlay
#MurosDoRacismo: Os filmes Filhas de Lavadeiras (Brasil, 2019), Ipa | Ipá (Brasil, 2021), Sementes: mulheres pretas no poder (Brasil, 2020), Travessia (Brasil, 2019) e Thinya (Brasil, 2019) integram o eixo temático da Mostra MUROS DO RACISMO: estruturas e fronteiras geográficas, materiais e simbólicas, e abordam, de diferentes maneiras, o racismo estrutural. Esse termo é entendido como um conjunto de práticas discriminatórias, institucionais, históricas, territoriais, culturais dentro de uma sociedade que frequentemente privilegia alguns grupos em detrimento de outros, construindo muros e fronteiras geográficas, materiais e simbólicas. Filhas de Lavadeiras retrata as dores e a vida de lavadeiras cujas filhas tiveram a oportunidade de trilhar outros caminhos, e pela primeira vez puderam frequentar a escola. O trabalho duro e a busca pela superação de barreiras históricas também se fazem presentes dentro de instituições políticas formais.
17/09, às 19h (PRT), na e no
Debate: OCUPAÇÃO DE ESPAÇOS INSTITUCIONAIS POR MULHERES NEGRAS, com
-
VÂNIA ANDRADE, filha de cabo-verdianos, nasceu em Lisboa. Cresceu no bairro dos húngaros e integra o grupo Mulheres Negras Escurecidas, que procura criar espaços de reflexão, partilha e troca de experiências. Vegetariana, feminista negra, voluntária em diferentes áreas, tenta manter vivo o seu espírito de comunidade.
-
CRISTINA RODÃO, socióloga portuguesa, atua no ESE-IPS, CIES-IUL e na coordenação da secção Classes, Desigualdades e Políticas Públicas da APS. Pesquisa desigualdades sociais perante a escola, com enfoque em processos de exclusão e racismo institucional que tocam afrodescendentes na sociedade portuguesa.
Sobre a realizadora
Edileuza Penha de Souza é documentarista e pesquisadora, dirigiu: Mulheres de Barro (Brasil, 2015 – 26min); Sem Limites (Cuba, 2013 – 15min); Um Peso por um Chiste (Cuba, 2013 – 14min); Conta-Contos - a arte de ouvir e contar histórias (Fundação Cultural Palmares, 2010 -11min), Filhas de Lavadeiras (2019). Professora, participou do documentário Afronte dos diretores Marcus Mesquita e Bruno Victor. Doutora em educação e comunicação pela Universidade de Brasília (unB), onde leciona as disciplinas Pensamento Negro Contemporâneo e Etnologia Visual da Imagem do Negro no Cinema, desde 2007 tem podido orientar diversos trabalhos na área do audiovisual. Foi estudante da EICTV - Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Banõs – República de Cuba, onde participou como Produtora, diretora de artes, roteirista e atriz do premiado curta Teresa. Organizou a Coleção: “Negritude Cinema e Educação – Caminhos para implementação da lei 10.639/2003”, editado pela Mazza Edições, Belo Horizonte, aprovada no PNLD dos professores pelo FNDE em 2014. É a idealizadora e coordenadora da I e II Mostra Competitiva de Cineastas e Produtoras Negras Adélia Sampaio. Curadora do II Festival de Cinema do Paranoá. Jurada no Porto Femme International Film Festival e do Prêmio Zózimo Bulbul no Festival de Cinema de Brasília.