Eu Preciso Destas Palavras Escrita
(Brasil, 2017, 19’, dir. Milena Manfredini)
O passado de Arthur Bispo do Rosário é praticamente desconhecido. Sabe-se apenas que era negro, marinheiro e pugilista. Em 1938 é internado na Colônia Juliano Moreira após um delírio místico. Com diagnóstico de esquizofrenia paranoide é iniciada sua peregrinação em busca do divino e da catalogação do universo.
Ficha Técnica
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Luciano Quirino é Arthur Bispo do Rosário
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Argumento: Milena Manfredini
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Direção e roteiro: Milena Manfredini
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Direção de produção: Cavi Borges
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Produção Executiva: Daniel Barbosa
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Produção: Milena Manfredini
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Pesquisa: Milena Manfredini
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Direção de Fotografia: Vinícius Brum
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Som Direto: Pedro Moreira e Babu
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Montagem: Joana Collier
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Direção de Arte e Figurino: Fátima Coppeli
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Música: Gilberto Gil
Sessões na Mostra
Online
14/09 a 19/09 - Plataforma Todesplay
Presencial
19/09, às 15h30 (BRT) - Centro Cultural São Paulo
Sala Paulo Emílio | 99 lugares (limitados a apenas 40% da capacidade)
Rua Vergueiro, 1000 - Metrô Vergueiro - São Paulo
#OutrasHistóriasPossíveis: Os filmes Arriaga (Portugal, 2019), Bastien (Portugal, 2016), Chico Reis Entre Nós (Brasil, 2020), Dor Fantasma: Uma carta a Henry A. Kissinger ((Angola, 2020) e Eu Preciso Destas Palavras Escrita (Brasil, 2017) integram o eixo temático da Mostra OUTRAS HISTÓRIAS POSSÍVEIS: memória, vozes e disputa de narrativas. Esses filmes, de modo geral, abordam a memória que, de acordo com Edson Lopes Cardoso, militante do Movimento Negro desde os anos de 1970, é a "arma mais poderosa" para recuperar experiências individuais e coletivas apagadas e silenciadas pelo racismo. O curta Eu Preciso Destas Palavras Escrita traz à tona a história do artista Arthur Bispo do Rosário, e sua experiência atravessada pela arte e pela questão da saúde mental. Apesar da sua genialidade e da importância de sua obra, seu passado é praticamente desconhecido. O filme traz uma importante reflexão sobre a memória e as possibilidades do cinema de proporcionar o resgate de experiências individuais e coletivas apagadas e silenciadas pelo racismo.
19/09, às 19h (BRT), na e no
Debate OUTRAS HISTÓRIAS POSSÍVEIS, com
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GRACIELA GUARANI, pertencente à nação Guarani Kaiowá e Aché, é produtora cultural, ativista, cineasta, curadora de cinema e formadora em audiovisual. Trabalhou na direção, roteiro e fotografia de mais de dez obras audiovisuais. Participou da Mesa Redonda Internacional de Mulheres na Mídia e no Cinema na Berlinale 2020.
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STEPHANIE MOREIRA, mulher negra potiguar, mãe, abyan do Ilê Olorun, militante do movimento negro, aprendiz de angoleira. Criadora da Negro Charme Moda Afropotiguar e coordenadora de articulação e intercâmbio do @quilomboflordemilho. É doutoranda em Estudos Étnicos e Africanos na UFBA, pesquisa a criação de memórias por populações subalternizadas no Brasil.
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EDSON CARDOSO, mestre em Comunicação Social pela UnB, doutor em Educação pela USP, e militante do Movimento Negro desde os anos de 1970.
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Intervenção poética de LUZ RIBEIRO, integra o grupo de pesquisa e teatro “coletivo legítima defesa”, escreve desde que fora alfabetizada e nem por isso se acha poeta, sonha com o dia que será poesia. Slammer. Luz é: mar-mãe de ben e filha-mar de odoya.
19/09, às 14h (BRT)
CAMINHADA SÃO PAULO NEGRA, com
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GUIA NEGRO, plataforma de afroturismo que organiza experiências turísticas em São Paulo e Salvador, além de inspirar que mais pessoas viagem para conhecer a história e cultura negra. Guilherme Soares Dias, é fundador da plataforma, jornalista e anfitrião da Caminhada, junto com Heitor Salatiel, fotógrafo e produtor cultural.
Sobre a Caminhada: Em um percurso de 3,5 km, resgata as histórias negras da cidade de São Paulo. O tour aborda a migração africana atual, a música e os movimentos negros modernos. INSCREVA-SE AQUI, até 17/09.
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Sobre a realizadora
Milena Manfredini é cineasta, antropóloga e curadora independente. Dirigiu e roteirizou os filmes "Eu Preciso Destas Palavras Escrita" (2017) filme sobre a vida e obra do artista contemporâneo Arthur Bispo do Rosário; "Camelôs" (2018) filme sobre os vendedores ambulantes da cidade do Rio de Janeiro; "Guardião dos Caminhos" (2019) filme sobre espaço urbano e dimensão do sagrado; "De um lado do Atlântico" (2020) filme idealizado a convite do Instituto Moreira Salles para a chamada IMS Convida; "Mãe Celina de Xangô" (2021); "Cais" e "De um porto a outro" (ambos em processo de finalização). Atua como curadora em mostras e festivais de cinema e é idealizadora e curadora da Mostra de Cinema Narrativas Negras, projeto voltado à pesquisa, exibição e visibilização das filmografias negras. Também exerce as funções de pesquisadora, professora e consultora no campo audiovisual.